PF prende moradora de Pinhais por produzir imagens da filha com conotação sexual

Foto: PF

Sem demonstrar arrependimento, uma mulher, de 32 anos, que vendeu imagens pornográficas da própria filha, de 11 anos, prestou depoimento hoje (segunda-feira, 5) à tarde à Polícia Federal. Ela foi presa no início da manhã, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Atraída pela promessa de ganhos financeiros, a mãe produziu e encaminhou imagens da filha com “evidente conotação sexual”, para um indivíduo que se apresentava como agenciador de modelos na internet.

De acordo com o delegado Flavio Setti, chefe da Delegacia de Defesa Institucional do Paraná, a interação do falso agenciador é feita com as crianças e com os pais por meio da internet. A exposição das crianças nas fotos vai aumentando com o tempo, até chegar a um nível pornográfico. No caso da região de Curitiba, a mãe concordou em enviar as imagens em troca de dinheiro.

Na ação que prendeu a mulher hoje (segunda) de manhã, um mandado de busca e apreensão também foi cumprido na casa da investigada. Mãe e filha estavam em casa. Representantes do Conselho Tutelar acompanharam a operação para preservar o bem-estar da criança. Com a prisão da mãe, a menina foi encaminhada à casa do pai. Segundo a polícia, ele sabia que mãe havia enviado as fotos da filha.

O aliciador já havia sido preso e condenado, em 2013, no Rio de Janeiro, pelo mesmo crime, por aliciar menores e portar fotos pornográficas de crianças e adolescentes. Ele fugiu da cadeia durante um benefício de fim de ano em que saiu e não voltou mais. O homem foi preso novamente no mês passado. De acordo com a Polícia Federal, enquanto esteve solto, ele adquiriu imagens de mais de 70 vítimas em todo o país. O homem sempre utilizava o mesmo método: dizia que havia um processo de seleção de modelos mirins e pedia fotos das menores. No caso de Pinhais, ele teria chegado a pagar 400 reais para a mãe. Mas a promessa de valores a serem pagos no futuro era sempre maior. A Polícia Federal investiga outros pais que enviaram fotos de menores em troca de dinheiro.

A pena para posse de pornografia infantil é de até quatro anos de prisão, para o compartilhamento é de até seis anos e para a produção de imagens dessa natureza é de até oito anos. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual de menores configura, ainda, crime com pena de até 10 anos de reclusão e multa.

 

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