Um grupo suspeito de monitorar as atividades das forças de segurança em Cascavel, no oeste do Paraná, é alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (5). Os principais alvos dos criminosos eram os servidores da Receita Federal. O monitoramento dos servidores tinha como objetivo facilitar o cometimento de outros crimes, principalmente o contrabando e o descaminho. A PF cumpre dois mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária, válidos por cinco dias, e que podem ser renovados ou convertidos no decorrer das investigações.

A Justiça Federal também autorizou uma série de sequestros de bens e valores ligados ao grupo. Segundo a Delegacia da Polícia Federal em Cascavel, durante o cumprimento dos mandados, quatro carros foram apreendidos. A documentação recolhida pelos agentes deve auxiliar no aprofundamento das investigações.

A PF afirma que o grupo já se envolveu em várias situações de fuga de abordagens policiais. Em uma delas, inclusive, foi registrado um grave acidente de carro. Pela proximidade com a fronteira do Brasil com o Paraguai, a região oeste do Paraná é notoriamente conhecida por ser uma rota do contrabando de produtos importados ilegalmente. Por fim, o grupo também é investigado por lavagem de dinheiro.

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Segundo a Polícia Federal, é provável que os suspeitos tenham ligações com facções criminosas que atuam no Brasil e no exterior. Neste caso, o monitoramento de servidores públicos que atuam na segurança pública é o crime mais grave detectado pelas investigações. A operação desta segunda-feira (5) foi batizada de “Retaguarda”, em alusão ao trabalho de contrainteligência realizado pelos suspeitos, com o objetivo de burlar a repressão aos crimes fronteiriços. A PF informou que não vai se manifestar sobre a operação enquanto as atividades ainda estão em andamento.

Reportagem: Angelo Sfair