A Polícia Civil deve concluir nos próximos dias o inquérito que apura as circunstâncias da morte de Daiane de Jesus Oliveira. A Delegacia de Homicídios de Cascavel recebeu o último laudo que apoia as investigações. Daiane morreu em decorrência de um atropelamento, na qual foi arrastada por cerca de 70 metros, após ser agredida por seguranças de uma casa noturna. O laudo deve apontar a velocidade do carro no momento da morte.

O inquérito determina, na análise policial, quem são os indiciados e por quais crimes. Com a conclusão, o caso segue para o Ministério Público, que deve apontar judicialmente os acusados e crimes correspondentes.

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Câmeras de segurança mostram que ela tentava entrar no local quando foi repreendida por um dos seguranças. Ele chutou algo que ela carregava para o meio da rua, ela o seguiu e deu tapas nele, que revidou com um soco, chutes e empurrões. O último deles fez com que Daiane caísse no meio da rua e ela foi deixada lá. As câmeras mostram ainda outros dois seguranças, um deles parece tentar minimizar as agressões, mas não nenhum deles faz menção de retirar a mulher da posição de perigo.

Na sequência, um grupo de pessoas sai da casa noturna e nota a mulher deitada na rua. Eles percebem um carro se aproximar e tentam fazer sinal para ele desviar, mas o motorista passa por cima de Daiane. Em depoimento à polícia, o motorista disse que não sabia que tinha passado por cima de uma pessoa e que não parou por medo de ser linchado por quem estava por perto.

O policial penal envolvido, nunca foi afastado do Departamento Penitenciário do Paraná. De acordo com o órgão, o agente foi tirado do campo operacional depois do dia 28 de maio, quando o caso foi registrado, e passou para funções administrativas. Ainda segundo o Depen, foi instaurado um processo administrativo. A defesa do policial penal alega que o agente agiu em legítima defesa.

Reportagem: Amanda Yargas