Policiais militares e parentes deles se reuniram nesta quinta-feira (21/04) para protestar em Guarapuava. Entre as reivindicações estão cobranças ligadas principalmente a segurança e melhores condições de trabalho para a polícia. Um dos pedidos é que haja investimentos, por exemplo, em viaturas blindadas para situações de risco. As solicitações incluem ainda uma revisão na carga horária e reajustes salariais para a categoria. Essa manifestação aconteceu após o ataque a uma empresa de valores na cidade no último domingo. Durante a ação, que envolveu 35 bandidos, dois policiais militares ficaram feridos, um deles, o cabo Ricieri foi atingido por um tiro na cabeça e está em estado grave de saúde no hospital. Para os manifestantes houve falhas no enfrentamento aos bandidos. Eles questionam se havia de fato um plano de contingência para situações de risco.

Uma denúncia feita pela Associação dos Praças da Polícia Militar do Paraná (Apra) em nota divulgada na terça-feira (19) contraria a versão oficial do governo estadual. Segundo a entidade, o documento foi elaborado pelos próprios oficiais que atuaram no combate aos criminosos. O presidente da associação, sargento Orélio Fontana Neto, denuncia que diante do ataque os policiais em serviço tiveram que improvisar e acionar oficiais de folga e até mesmo da reserva. Mas em entrevista à BandNews FM, o comandante-geral da PM, coronel Hudson Leôncio Teixeira, afirma que o plano de contingência não só estava montado como foi colocado em prática na hora do ataque. Por meio de nota a Secretaria da Segurança Pública reafirmou a existência desse plano e lembrou que se não houvesse planejamento a ação dos criminosos teria trazido mais danos à cidade e que a ação conjunta e planejada das forças de segurança resultou na retomada da tranquilidade na região.

E hoje à tarde foi anunciada a saída do comandante do 16º Batalhão da Polícia Militar de Guarapuava, o Tenente Coronel Joas Marcos que foi destituído do cargo. Quem assume o batalhão a partir de agora é o Major Flávio Vicente Ferraz. Vale lembrar que as buscas pelos bandidos completam quatro dias e até o momento ninguém foi preso.

Reportagem Vanessa Fontanella