Policial civil é preso suspeito de integrar quadrilha de contrabando de cigarros do Paraguai
Oito pessoas foram presas hoje, de manhã, por contrabando de cigarros paraguaios no Paraná e Rio Grande do Sul. Foi durante a operação Corredor Sudoeste, desencadeada pela Polícia Federal em três cidades paranaenses e uma gaúcha. Entre os detidos, estão um policial civil e dois empresários. As investigações começaram em julho do ano passado, quando houve a apreensão de um carregamento em Dois Vizinhos, na região oeste do Paraná. Desde então, foram realizadas dez apreensões. A quadrilha atuava há, pelo menos, dois anos, segundo o delegado Celso Mochi, da Polícia Federal.
Os dois empresários presos moravam em Francisco Beltrão, onde dois laboratórios de análises clínicas eram usados para lavar dinheiro, entre três e quatro milhões de reais por mês. Já o policial civil preso contava com a ajuda de outros servidores públicos que recebiam propina para auxiliar no esquema, de acordo com o delegado Martin Pumper.
Segundo os policiais, a carga entrava no Brasil em carros pela Ponte da Amizade, e armazenada em três sítios da região. Depois, os cigarros eram mandados à Cascavel e Francisco Beltrão, no interior aqui do Paraná, e para Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul. Pela primeira vez, o veículo aéreo não tripulado, o chamado VANT, foi usado para ajudar nas investigações.
Os veículos eram, ainda, escoltados por batedores, que recebiam propina para orientar o caminho por rodovias menos fiscalizadas. Os envolvidos responderão pelos crimes de contrabando e descaminho, além de outras infrações.