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Policial descobre compatibilidade e doa medula óssea a desconhecido

Processo começou em 2018, quando ela participou de uma campanha do Hemepar para doar sangue

 Policial descobre compatibilidade e doa medula óssea a desconhecido

Foto: Josiele Veríssimo/Arquivo Pessoal

Salvar vidas faz parte da rotina da policial militar Josiele Veríssimo, do 8º Batalhão da PM em Paranavaí, no Noroeste do Estado, mas em julho deste ano, após uma série de exames, ela ajudou o próximo de uma maneira diferente da que está acostumada: com a doação de medula óssea a um desconhecido. O processo todo começou em 2018, quando ela participou de uma campanha do Hemepar (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná) para doar sangue e aceitou compartilhar as informações dela com o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Cinco anos depois, em novembro de 2023, a soldado recebeu uma ligação perguntando sobre o estado de saúde dela, informando que a policial tinha compatibilidade potencial com um paciente que estava precisando de transplante. Ela não pensou duas vezes e foi até o Hemepar. Esse tipo de transplante é feito sem que o doador saiba quem é o paciente que vai receber a medula.

O procedimento também pode ser agendado em diferentes estados do Brasil, por questões logísticas e pela disponibilidade do sistema de saúde. Os gastos todos são custeados, sem ônus, para o doador e para uma pessoa que o acompanha ao longo do processo de doação. No caso de Josiele, o processo acabou sendo mais demorado que de costume. Primeiro, o procedimento, que estava agendado para acontecer em fevereiro deste ano no Rio Grande do Sul, foi adiado algumas vezes por conta das chuvas que atingiram o estado. Neste meio tempo, a policial militar também teve problemas pessoais, com a morte do pai. Os incidentes, no entanto, reforçaram a força de vontade da policial militar em ajudar o próximo.

O transplante acabou acontecendo em 22 de julho, em Juiz de Fora, em Minas Gerais. A PM ficou uma semana internada para se preparar para a doação. Ao longo destes dias, ela fez uma preparação para produzir células-tronco para o procedimento.

Depois de dois anos do transplante, ela poderá ter informações sobre quem recebeu a doação. De acordo com o Redome, o Brasil tem 5 milhões e 500 mil doadores cadastrados e cerca de 2 mil pessoas precisando transplante. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, o Paraná é o 3º estado que mais realiza transplantes de medula. Para se registrar como doador, basta procurar um Hemocentro com um documento oficial de identificação e aceitar participar do registro de doadores. No Paraná, isso pode ser feito em qualquer unidade da rede do Hemepar.

Reportagem: Leonardo Gomes

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Olívia Marques

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