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Policial vai a júri após disparos em posto de combustíveis

Fotógrafo atingido não resistiu. Agente federal ainda vai responder por outras 7 tentativas de homicídio

 Policial vai a júri após disparos em posto de combustíveis

Foto: Reprodução

O policial federal Ronaldo Massuia Silva vai ser levado a júri popular, em Curitiba, pelos disparos que terminaram com a morte do fotógrafo André Muniz Fritoli, de 32 anos. A decisão é da juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da capital, nesta segunda-feira (13). O caso foi registrado dentro da loja de conveniências de um posto de combustíveis, na noite de 1º de maio do ano passado, na Avenida Sete de Setembro, no Cristo Rei. Por enquanto não há data para a realização do júri popular.

O policial federal responde por homicídio qualificado e mais sete tentativas de homicídio. Além de André Muniz, que não resistiu, outras três pessoas ficaram feridas. A juíza manteve as qualificadoras estabelecidas na denúncia: motivo fútil, perigo comum e impossibilidade de defesa das vítimas. A magistrada também manteve a custódia do policial federal, que terá que aguardar o julgamento detido. Ele foi preso em flagrante, na noite do crime. O policial federal tinha sinais de embriaguez.

No despacho, a juíza observa que, antes dos disparos, houve uma briga. O desentendimento teria começado depois que um funcionário pediu para que o policial federal tirasse o carro de um local inadequado; além disso, o réu insultou o segurança do posto, quando pedia um isqueiro; clientes ainda solicitaram que o policial deixasse a loja, o que acentuou a confusão e terminou com os disparos.

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No despacho, a juíza observa que havia várias pessoas dentro do estabelecimento, houve correria e, além disso, os disparos atingiram gondola, cadeira, piso e parede da loja, o que reforça a qualificadora do perigo comum. Muitas das vítimas não estavam envolvidas na confusão e sequer conheciam o policial; muitas ainda estavam abaixadas, na tentativa de se proteger durante os disparos, e foram surpreendidas, o que dificultou a defesa.

Quando foi interrogado, Ronaldo Massuia disse que não se lembrava da noite do crime. Ele contou que assistiu as imagens, pela imprensa, e escreveu uma carta para pedir perdão às vítimas e aos familiares. O policial federal disse ainda que não estava em sã consciência, mas, na verdade, perturbado. À época, Ronaldo Massuia afirmou que tomava medicamento para dormir. Ele também contou que já tinha sido afastado do trabalho, para tratamento de saúde, e chegou a ter o porte de arma restrito. O policial federal ainda relatou um episódio de crise, em casa, “ocasião em que estava muito embriagado e só olhava para a pistola”, sugerindo que pudesse atentar contra a própria vida.

Em nota, a Defesa técnica de Ronaldo Massuia Silva afirma que “recebe a notícia da prolação da sentença depronúncia, no presente caso, com muito respeito e muita tranquilidade, por ser apenas
uma fase necessária do processo de júri. Destacamos ainda que levaremos a matéria – por
meio de Recurso em Sentido Estrito -, para discussão sobre a pertinência das
qualificadoras ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (1ª Câmara Criminal)”.

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Cleverson Bravo

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