No Paraná, motoristas encontram o litro da gasolina sendo vendido até R$ 7,30. Este foi o valor máximo encontrado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em Londrina, na região norte, na última semana. O preço médio do combustível no estado chega a R$ 6,41. Em Curitiba, o litro é comercializado a R$ 6,27. Essa foi a quinta semana consecutiva de alta.

O vigilante Alessandro Furtado conta que com os sucessivos aumentos teve que vender o carro e comprar uma moto para conseguir custear o deslocamento diário.

E as adaptações em meio às altas se multiplicam. Assistente administrativo Valquíria Lenes mora em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba e trabalha no bairro Batel, em Curitiba. Por conta da distância ela decidiu deixar o carro na garagem e ir de ônibus para o serviço.

O economista e professor universitário Ricardo Kureski explica que a principal causa desse aumento continua sendo a desvalorização do real.

Segundo a Petrobras, a escalada de preços é reflexo do reajuste no valor da gasolina e do diesel em vigor desde 26 de outubro. Por conta do reajuste, o preço do litro do diesel subiu 2,6% nos postos paranaenses na semana passada, chegando a uma média de R$ 5,08. No Paraná, o preço máximo foi de R$ 5,89 o litro em Colombo e Londrina. O valor médio do litro do etanol, por sua vez, subiu 3,6% na semana, para R$ 5,34. O preço máximo foi de R$ 6,79 o litro em Londrina.

Com o preço da gasolina, diesel e do etanol em alta, a inflação para o motorista no Brasil disparou e já chega a 18,46% no acumulado em 12 meses até outubro, segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Reportagem: Leonardo Gomes