Presas fazem fantasias para escola de samba de Curitiba
Iniciativa faz parte do projeto de remição de pena das mulheres privadas de liberdade
Parte das fantasias da escola de samba Acadêmicos da Realeza foi feita por duas mulheres privadas de liberdade, custodiadas no Centro de Integração Social (CIS) de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba.
Ao todo, elas confeccionaram 407 peças de fantasias e 1.500 penas artificiais. Na prática, 70% das roupas e 20% das fantasias que serão usadas no desfile foram criadas por meio da iniciativa.
A ação envolveu equipes da escola que ensinaram as mulheres ao longo do mês de dezembro de 2023. É o que explica a diretora de carnaval da Acadêmicos da Realeza, Vilma Barbosa.
A escola deu capacitação e orientação para a produção das peças, com visitas semanais para levar materiais e moldes. Mas a troca entre eles foi muito mais ampla.
A proposta é ampliar o projeto para o próximo ano, com mais detentas envolvidas. A diretora do Centro de Integração Social, Marilu Katia da Costa, detalha os benefícios que a ação promove nas mulheres.
Além do desenvolvimento profissional, as mulheres envolvidas no projeto vão receber remuneração e remição de pena.
Reportagem: Ana Flavia Silva