PRF quer revisar índice pluviométrico para fechamento da BR-376
O assunto será tema de reunião ente PRF e Ministério Público Federal, em dezembro
A Polícia Rodoviária Federal pede uma revisão, para cima, do índice do volume de chuva que determina o fechamento da BR-376, em Guaratuba, no litoral do Paraná. No próximo dia 28 de novembro, completa um ano do deslizamento de terra que aconteceu na rodovia. Duas pessoas morreram e 14 foram afetadas.
A lama atingiu três carros e seis caminhões. A rodovia ficou totalmente fechada por 9 dias. Desde então, a concessionária Artéris Litoral Sul, que administra o trecho, adota um índice pluviométrico para o fechamento da rodovia.
Atualmente, ele é de 60 milímetros, em 24 horas, ou 160 mm em uma semana. De acordo com o superintendente da PRF no Paraná, Fernando Cesar Oliveira, a preocupação é com o período de final de ano.
No último dia 12 de outubro, a rodovia chegou a ser bloqueada preventivamente, por cerca de 15 horas, por causa do grande volume de chuva na região e se formou um congestionamento na rodovia. No mês que vem a PRF do Paraná vai se reunir com o Ministério Público Federal e uma das pautas será a BR-376.
Em maio deste ano, o Centro de Apoio Científico em Desastres (Cenacid) da UFPR, divulgou um estudo sobre os deslizamentos nas estradas do litoral paranaense, entre outubro do ano passado e março de 2023. Segundo o Diretor Cenacid, Renato Lima, esses estudos levam anos para serem concluídos.
No mês passado a Justiça do Paraná arquivou o processo criminal que investigava o deslizamento na BR-376, em Guaratuba, em novembro de 2022. A decisão da juíza Marisa de Freitas, da Vara Criminal de Guaratuba, é de que o acidente foi um fenômeno natural, ou seja, não houve ação humana.
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Para a magistrada, a causa da morte foi a massa de terra e vegetações, que deslizou e levou veículos que estavam na pista. Por isso, “não justifica a deflagração de um processo criminal”.
Reportagem: Francine Lopes