Procon-PR orienta consumidor sobre pomada de cabelo proibida pela Anvisa
Agência vetou a venda de todas as pomadas para modelar, trançar e fixar cabelos
Está proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária a venda de todas as pomadas para modelar, trançar e fixar cabelos. A medida de segurança é válida também para distribuição e exposição para a venda de todos os lotes de qualquer tipo destes cosméticos, no comércio em geral.
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Em dezembro do ano passado, a Anvisa alertou para o risco de cegueira temporária, provocada pelo uso desses produtos comercializados em todo o país. A decisão, válida desde a quinta-feira (09), foi adotada pelo colegiado como forma de prevenir novos casos de intoxicação relacionados ao uso desse tipo de produto de várias marcas, em diferentes regiões do país.
Aos consumidores que têm esses produtos em casa, a orientação da diretora do Procon-PR, Claudia Silvano, é procurar a Anvisa caso tenha alguma reação inesperada.
Entre os vários efeitos observados estão a perda temporária da visão, forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão e inchaço dos olhos, além de dores de cabeça e queda intensa de cabelo. Segundo as informações disponíveis, as ocorrências se deram, principalmente, depois que os usuários que aplicaram as pomadas mergulharam no mar, piscina, tomam banho de chuva, ou transpiram. Isso porque a pomada escorre pelo rosto e entra em contato com os olhos.
O médico oftalmologista João Guilherme de Moraes, explica como os produtos agem quando entram em contato com os olhos.
Caso algum produto abrasivo entre em contato com os olhos a orientação médica inicial é lavar com água, e não fazer automedicação.
A interdição é temporária e ficará vigente até que sejam realizados testes, análises e outras providências possíveis para concluir a investigação sobre caso de intoxicações, informou a agência.
A Anvisa informa ainda que as pomadas existentes nas residências ou em salões de beleza, que foram compradas antes da publicação da resolução, ou seja, antes do dia 9 de fevereiro, também não devem ser usadas, enquanto a medida estiver em vigor.
Reportagem: Francine Lopes