A próxima grande manifestação dos professores deve acontecer na segunda-feira, dia 1º de junho. A categoria e outros profissionais prometem acompanhar das galerias da Assembleia Legislativa do Paraná a votação do projeto de reajuste salarial dos servidores públicos estaduais.  Nesta sexta-feira (29), completou-se um mês desde que foram registradas as cenas de violência entre a Polícia Militar e professores. Cerca de 5 mil pessoas ocuparam o Centro Cívico. O diretor da base Curitiba da APP Sindicato, que representa os professores, Ronaldo Tomaz de Andrade, explica que a categoria ainda busca o diálogo com o governo do Paraná.

O professor conta que a categoria não recebeu bem a proposta apresentada na quarta-feira (27). Eles devem acompanhar a votação na segunda-feira (1º/06) na tentativa de sensibilizar o governo.

Nesta sexta-feira (29), manifestantes colocaram faixas pretas na fachada da Assembleia em sinal de protesto. Corpos também foram desenhados no asfalto, em frente ao prédio, para lembrar as mais de 200 pessoas que ficaram feridas depois da ação policial no dia 29 de abril. O movimento começou às nove horas da manhã, passou por algumas das principais ruas da capital paranaense e se estabeleceu na Praça Nossa Senhora de Salete, em frente à Assembleia.

O protesto foi encerrado por volta das duas da tarde, restando apenas os manifestantes que estão acampados desde o começo da greve dos professores. O ato se soma ao Dia Nacional de Lutas, organizado por centrais sindicais, que protesta contra as medidas provisórias que limitam o acesso a benefícios trabalhistas como auxílio-doença e pensão por morte. Eles também se opõem à aprovação do projeto de lei 4330, que amplia as terceirizações em todo o país. Ainda durante a manhã desta sexta-feira, os trabalhadores bloquearam o Contorno Sul em Curitiba, por mais de três horas.