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‘PsiLOROgia’: ingresso com direito à terapia

Com ajuda de um terapeuta inusitado, peça mostra que rir é o melhor remédio

 ‘PsiLOROgia’: ingresso com direito à terapia

Com ajuda de um terapeuta inusitado, peça mostra que rir é o melhor remédio

A música caricata avisa ao público do Teatro Regina Vogue que o Espetáculo está prestes a começar. Espetáculo com letra maiúscula! “Quando começa assim, é claro que o artista vem do fundo, e dentre a plateia”, comenta uma das espectadoras. E ela estava certa. Só não esperava como seria essa ‘triunfosa’ entrada: de monociclo e rampa abaixo. E depois, rampa acima.

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No meio da acrobacia, o palhaço Loro conduz o show, ou melhor, a terapia em grupo, por mais de uma hora. Já na entrada, o terapeuta para e tenta analisar cada um da plateia com um sonoro “aham”, como quem compreende o paciente em apenas um olhar. O consultório é o palco do teatro, com divã, lâmpada assistente (carinhosamente nomeada como Cleide), e elementos retrô.

A formação profissional? Dois anos no curso de Psicologia e muito tempo fazendo terapia. Dentre tentativas falhadas de usar abordagens específicas como a musicoterapia e a cromoterapia, o personagem desenvolve seu método pessoal: a Lorota. Que nada mais é do que uma conversa com si mesmo. Ora, nas palavras dele, “um bom terapeuta pode se ‘auto-terapeutizar’ ”

Mas a peça não é apenas isso. Na sessão (da obra, e de terapia), três espectadores foram convidados a invadir, em momentos separados, a sala do Loro. Ele sutilmente solicitava que, de tempo em tempo, levantassem do divã para o móvel ser aberto, revelando objetos inusitados, que arrancaram gargalhadas dos ‘terapeutizados’ presentes. Até a Cleidinha, ‘lâmpada estagiária’, fez sua aparição.

No final da apresentação, o terapeuta fez um número único, onde tocou sua sanfona em um monociclo alto. Para tal, contou com sua “rede de apoio”: dois pacientes escolhidos a dedo e também o restante da plateia. 

Enfim chegou a hora de escrever os prontuários. E, com final inusitado e engraçado, as luzes se apagaram. Aclamado pelo público que aplaudiu em pé, o comediante Loro Macedo chorou após a divertida apresentação ao compartilhar a inspiração do espetáculo e agradecer por todos envolvidos na estreia. “Se faz sentido, faz sentir”, concluiu.

Informação: Eloíza Marques, estudante de jornalismo da Universidade Positivo, em parceria com a BandNews FM Curitiba

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Giovanna Retcheski