Nos corredores da Câmara Municipal, a expectativa é grande para a publicação do relatório da corregedoria da Casa que pode dar ou não prosseguimento ao processo contra o vereador Renato Freitas (PT). Ele é investigado por quebra de decoro após participar e liderar no início do mês um protesto contra o racismo dentro da Igreja Nossa Senhora do Rosário, no Largo da Ordem. Ao todo quatro representações contra o parlamentar são levadas em conta no processo que pode impor uma censura pública ou até mesmo cassar o mandato do vereador. Caso a Corregedora da Casa, vereadora Amália Tortato (Novo), aprove a realização do processo, Renato Freitas será notificado e iniciará o prazo de 90 dias úteis para conclusão dos trabalhos. O parlamentar poderá e deverá apresentar ainda os argumentos próprios, para que fique garantida a ampla defesa e o contraditório.

Segundo Amália Tortato, a previsão é que o relatório seja publicado durante a tarde. À BandNews FM, a vereadora antecipou que existem fortes elementos de autoria e materialidade nas denúncias.

O processo se debruça sobre quatro das cinco representações que recebeu contra o vereador: dos vereadores Eder Borges (PSD); Pier Petruzziello (sem partido); Marciano Alves e Osias Moraes, ambos do Republicanos; e de um grupo de advogados. A Câmara também recebeu uma representação do PTB, mas ela foi rejeitada porque o autor deve ser uma pessoa física e não um partido. Em nota, Renato Freitas nega que tenha invadido à igreja e que a intenção sempre foi protestar contra o racismo e em memória a morte do imigrante congolês Moïse Kabagambe. Na última semana o vereador se desculpou pelo ocorrido e ressaltou que respeita à fé, todas as crenças e o espaço sagrado.

Reportagem: Leonardo Gomes