O deputado estadual Renato Freitas (PT) terá que pagar R$ 16 mil de indenização por danos morais a dois policiais militares, acusados por racismo. O episódio que deu início ao processo judicial foi em julho de 2021 quando estava em vigor o “lockdown” em Curitiba e Freitas era vereador. Durante uma ocorrência por perturbação de sossego no entorno da Praça 29 de Março os PMs abordaram Freitas, que estava acompanhado de um grupo de pessoas com uma caixa de som.

O então vereador teria dito que os servidores eram racistas por estarem abordando jovens negros. Segundo o processo, os policiais tentaram dialogar, porém, Freitas teria encorajado a população a se mobilizar contra os PMs. Na sequência, o parlamentar tomou o equipamento de som de volta e foi preso.

Veja mais:

• Caminhada pela Paz comemora Dia Nacional da Juventude

A condenação de Freitas é assinada pela juíza Sibele Lustosa, do 6º Juizado Cível Especial. Na avaliação da magistrada não houve racismo e a abordagem dos PMs “foi razoável e os policiais nada truculentos, tanto que o réu conseguiu, inclusive, transmitir uma ‘live’ de dentro da viatura”. A juíza concluiu a sentença afirma que “devido a gravidade de tal crime não se pode, de forma leviana, acusar alguém de racista. Tampouco a cor da pele pode ser usada como subterfúgio para esquivar-se da responsabilidade pela prática de ilícitos”.

Procurada, a assessoria do deputado Renato Freitas ainda não se manifestou.

Reportagem: Leonardo Gomes