A safra paranaense de grãos de verão 2015/2016 deve apresentar uma quebra de produção em torno de 6 por cento em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo com excesso de chuvas, será colhido um volume de 20 milhões e 700 mil toneladas, contra 22 milhões de toneladas de grãos colhidas no ano passado. Os dados são do relatório de março do Departamento de Economia Rural, o Deral. Neste momento, o Paraná caminha para o final da colheita da soja, restando apenas áreas localizadas ao Sul do Estado. Segundo o diretor do Deral, Francisco Simioni, nas lavouras de grãos de verão, como soja, milho e feijão da primeira safra, as perdas foram mais acentuadas nas regiões do Norte Pioneiro e Central.

A soja é um dos produtos afetados pelo excesso de chuvas. Atualmente o produtor está recebendo, em média, 62 reais pela saca de soja, 6 por cento acima do que recebeu em março do ano passado. A primeira safra de milho está apresentando uma redução de 5,4 por cento em relação à estimativa inicial. O produtor está recebendo, em média, 32 reais a saca. A segunda safra de grãos, tendo como carro chefe o milho safrinha, deve render um volume total de 13 milhões e 400 mil toneladas. Já a safra de inverno, liderada pelo plantio de trigo, começa a ser plantada no início de abril e poderá render um volume de 4 milhões e 100 mil toneladas.

Somadas a safra de grãos de verão, segunda safra e safra de inverno, o Paraná tem potencial ainda para colher 38 milhões de toneladas, repetindo o volume colhido no ano passado.