“A Fantástica Fábrica de Atrocidades” prende os espectadores do começo ao fim ao trazer, de forma leve e interativa, histórias e canções de um narrador sádico. Tudo acontece em meio a uma dança das cadeiras, com 10 pessoas escolhidas aleatoriamente na plateia.

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A peça musical que inicialmente foi criada para ser feita de forma online durante a pandemia foi sendo adaptada ao novo momento. O diretor Fernando Ponce conta que essa alteração foi pensada para concorrer em um edital, utilizando a dança das cadeiras como uma analogia com o fato de que durante a pandemia, havia poucos leitos para as pessoas que estavam com Covid-19.

Fernando conta que é a primeira vez que participa do Festival de Curitiba como diretor e que essa experiência tem sido diferente e única, justamente por ver as pessoas se interessando pela peça. 

Quem interpreta o narrador sádico é o ator Leonardo Vinicius. Ele comenta que estava apreensivo sobre o contato com o público e ver a aceitação da plateia depois da primeira sessão o deixou aliviado, recebendo “um gás” para as próximas sessões. Leonardo diz que a construção do personagem teve bastante inspiração no em Willy Wonka, da “Fantástica Fábrica de Chocolates”, trazendo de uma forma sarcástica piadas sobre os efeitos do coronavírus.

Entre os escolhidos para a interação estava Pablo Pereira, que ficou em 4º lugar na dança das cadeiras. Ele conta que se sentiu incluído, como se fizesse parte da peça, e que a mensagem proposta pelo espetáculo foi passada de forma leve e simples. Pablo reconhece que ficou chateado por não ter vencido a disputa, mas percebeu que o objetivo final não era ter ganhadores.

Com um emocionante plot twist encerrando a apresentação, mais de cinquenta pessoas reunidas no dia na tarde de domingo (2) na Praça Osório aplaudiram a peça.

Informação: Sabrina Gomes, estudante de jornalismo da Universidade Positivo, em parceria com a BandNews FM Curitiba