A sessão de quarta (4), na Assembleia Legislativa do Paraná, teve a presença do secretário estadual da Fazenda, Mauro Ricardo Costa. Mais do que prestar contas sobre os gastos do governo, o secretário foi defender a aprovação de medidas polêmicas, como as que modificam a previdência de servidores. Ele admitiu que o governo errou na hora de planejar o orçamento com base no otimismo.

Um dos acordos firmados com os professores durante as negociações é a nomeação de mais de 5 mil concursados e a contratação de mais de 10 mil temporários. No entanto, Mauro Ricardo Costa afirma que não há dinheiro para fazer o pagamento de fevereiro. Segundo ele, a aprovação das medidas de austeridade que foram retiradas de discussão após a invasão da Assembleia pelos professores são a única forma de resolver o problema de caixa no Paraná.

Além da folha de pagamento, o governo admite uma dívida de um bilhão e trezentos milhões de reais com fornecedores que já prestaram serviços ao estado. Além disso, há um déficit total de quase um bilhão de reais.

O líder da oposição na Assembleia afirma que as explicações não foram suficientes.

O governo espera arrecadar 2 bilhões de reais a mais este ano com os ajustes fiscais e corte de gastos. A partir do mês de abril, o estado começa a receber o IPVA e isso deve aliviar um pouco as contas, mas o secretário também não soube dar um prazo para que sejam sanados os buracos no orçamento. A expectativa, segundo ele, é que o estado comece o ano de 2016 com as contas em dia.