Tarifa técnica do transporte coletivo de Curitiba sobe 12%

Foto: Brunno Covello/SMCS
Foto: Brunno Covello/SMCS

A tarifa técnica do transporte coletivo de Curitiba já está mais cara. O valor subiu R$ 0,39, quase 12%, passando de R$ 3,27 para R$ 3,66 retroativos a fevereiro, que é a data base de reajuste contratual.

O anúncio era esperado desde o fim do ano passado e foi publicado ontem (terça, 29), no Diário Oficial do município. Com isso, a partir de agora, dos R$ 3,70 pagos pelo usuário na catraca, 98,9% vão para os cofres das empresas. As companhias, por sua vez, pressionavam por uma cifra ainda maior.

A Urbs ainda não se manifestou oficialmente sobre a mudança, mas a assessoria de imprensa da Prefeitura garante que não vai haver impacto para os passageiros. Uma reunião com os dirigentes do órgão é realizada nesta manhã (30).

Já as operadoras devem receber a diferença acumulada de fevereiro até agora, visto que a resolução gera efeitos a partir de 26 de fevereiro. Procurado, no entanto, o Setransp – o sindicato que representa as companhias – informou que só vai emitir posicionamento após analisar a decisão do Poder Público.

No início do mês, a entidade anunciou que protocolaria um pedido de elevação da tarifa técnica por causa do acordo feito com motoristas e cobradores. O termo, firmado durante uma audiência de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, levou a um reajuste salarial de 11,3%, além do aumento no vale-alimentação para R$ 500 e do pagamento de um abono de R$ 390. A negociação teria sido, inclusive, um dos motivos para a demora no anúncio da nova tarifa técnica.

Os salários dos trabalhadores representam quase 50% da tarifa técnica repassada aos empresários. Na época, o presidente da Urbs, Roberto Gregório, chegou a afirmar que as companhias queriam uma tarifa técnica de R$ 4, mas o Setransp negou.

Para chegar ao valor anunciado agora, segundo a Urbs, foram considerados fatores como o reequilíbrio da equação econômico-financeira do contrato e a atualização de custos com base no INPC, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, entre outras coisas. Por outro lado, não foram incluídos os custos relativos à amortização e rentabilidade dos investimentos não realizados na renovação da frota necessária para os anos de 2013, 2014 e 2015.

O último reajuste da passagem em Curitiba para os usuários foi anunciado em 29 de janeiro, de R$ 0,40 (ou 12,12%), passando de R$ 3,30 para R$ 3,70. Já a mais recente correção da tarifa técnica foi em dezembro de 2015, e bem mais modesta que a de agora. A alta foi de R$ 0,06, ou 1,9% – de R$ 3,21 para R$ 3,27.

Por meio de nota, a Prefeitura informa que “os créditos de transporte têm validade de cinco anos, o que significa que, embora a tarifa do usuário seja de R$ 3,70, ainda há passagens sendo pagas em valores antigos. Hoje, por exemplo, há usuários tendo descontados em seus cartões a tarifa de 2011, que era R$ 2,50. Assim, a receita média via usuários fica em torno de R$ 3, exigindo complementação porque o valor a ser repassado para as empresas é sempre o da tarifa técnica, que no caso desse novo reajuste é de R$ 3,66”. Essa diferença, conforme o comunicado, é suportada pelo Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC) e pela Prefeitura.

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