Testemunhas de defesa são ouvidas no júri de Erik Busetti
Expectativa é ouvir 10 pessoas. Trabalhos devem se estender até esta quarta (3)
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Foto: BandNews Fm
As testemunhas convocadas pela defesa são ouvidas desde cedo no segundo dia do júri popular de Erik Busetti, em Curitiba. O delegado é réu pela morte da esposa e enteada. Maritza Guimarães, de 41 anos, e a filha, Ana Carolina de Souza, de 16, foram assassinadas a tiros dentro de casa, em março de 2020. Familiares das vítimas acompanham de perto os trabalhos no tribunal com cartazes e bexigas pretas em protesto pedindo por Justiça. O pai de Maritza, Luiz Holz, conta que é difícil ter que reviver os últimos momentos da filha e neta, porém, afirma ser necessário.
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Erik Busetti responde a dois homicídios tendo como qualificadoras feminicídio e motivo torpe, já que, conforme a acusação, ele não aceitava o fim do relacionamento. Câmeras de segurança registraram o crime que ocorreu enquanto a filha do casal, de 9 anos, dormia em um dos quartos. O delegado teria agredido a enteada com chutes e tapas e a assassinado no momento em que ela abraçou a mãe. A esposa teria sido atingida por pelo menos sete tiros, enquanto a adolescente, seis.
Para a advogada que representa a família das vítimas, Louise Mattar Assad, o processo deixa claro que houve feminicídio.
Na segunda-feira (1), primeiro dia de julgamento, os trabalhos se estenderam por mais de 10 horas. Três testemunhas convocadas pela acusação foram ouvidas (dois vizinhos e uma escrivã). Nesta terça-feira (2) os esforços estão concentrados para ouvir oito testemunhas da defesa.
Segundo o advogado do réu, Renan Canto, prestam depoimento pessoas chaves da investigação e que principalmente conheciam o casal. Ele conta que a ideia com as testemunhas é esclarecer que as mortes não foram provocadas com intenção.
O julgamento estava previsto para ocorrer em abril, mas foi adiado a pedido da defesa. Os advogados pediram mais tempo para analisar todas as imagens geradas por câmeras de segurança da casa. Agora em andamento, a expectativa é que os trabalhos terminem nesta quarta-feira (3) com o interrogatório do réu, debates entre defesa e acusação e por fim a decisão dos jurados.
Informação: Leonardo Gomes