Trabalhadores são resgatados em condições análogas à escravidão
Muitos viviam em um curral com uma cozinha e camas improvisadas ao lado de animais
14 trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão em Mauá da serra, no Norte do Paraná. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Previdência (MTE).
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De acordo os auditores do órgão, algumas vítimas eram do estado do Piauí e trabalhavam quebrando pedra, sem proteção alguma, em uma pedreira da cidade paranaense, e sem registro em carteira. A situação dos homens resgatados não atende à legislação trabalhista.
Segundo o MTE, muitos deles viviam em um curral com apenas uma cozinha e camas improvisadas ao lado de animais. Algumas vítimas dormiam em tendas montadas com lonas no mesmo local onde trabalhavam. Os homens não recebiam o suficiente nem para pagar as despesas com alimentação e higiene pessoal.
As vítimas estavam há oito meses nessas condições e foram resgatadas na última segunda-feira (29). Eles ainda tinham que utilizar explosivos irregulares e sem licença para detonação de pedras, além de serem obrigados a levar as próprias ferramentas de trabalho.
Assim que foram resgatados, os 14 trabalhadores foram levados para um hotel, onde receberam banho e alimentação. De acordo com Ministério do Trabalho, eles vão receber o pagamento dos direitos trabalhistas.
Os responsáveis pela pedreira e pela contratação das vítimas foram autuados por trabalho análogo à escravidão.
Informações: Leo Coelho