TRE acata recurso de Richa no caso Rádio Patrulha
Por 3 votos a 2, o promotor será afastado do caso
O recurso do ex-governador e deputado federal Beto Richa (PSDB) que pedia a suspeição do promotor do Ministério Público do Paraná, Fernando Cubas César, foi acatado por 3 votos a 2, no Tribunal Regional Eleitoral. Ele estava à frente do processo aberto a partir da operação Rádio Patrulha, que investiga denúncias de desvio de recursos públicos no programa “Patrulha do Campo”, de financiamento de máquinas para a manutenção de estradas rurais no Paraná. De acordo com a defesa de Richa, o promotor teria uma “evidente inimizade” com Beto Richa. Assim, Fernando Cubas César será afastado do caso.
Originalmente, o processo tramitava na 13ª Vara Criminal de Curitiba. Beto Richa chegou a ser preso na operação em setembro de 2018, quando disputava a eleição para o Senado Federal. Ele foi solto por uma decisão de Gilmar Mendes.
De acordo com a denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os acusados fraudaram a licitação para a implantação de patrulhas mecanizadas em todo o estado. O objetivo seria beneficiar três empresas que repassariam a Richa uma parte dos ganhos. Ainda de acordo com o Ministério Público, o total dos pagamentos feitos pelo Paraná às empresas foi de 101 milhões 905 mil 930 reais e 58 centavos. A propina seria de 8% e chegaria aos oito milhões de reais. Richa sempre negou as denúncias.
Informações: Larissa Biscaia