TRF4 mantém prisão preventiva de Ronan Maria Pinto
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre, decidiu manter preso o empresário Ronan Maria Pinto. O dono do jornal Diário do Grande ABC e de empresas que atuam no transporte coletivo de Santo André foi preso na fase mais recente da Operação Lava Jato, a Carbono 14. O desembargador João Pedro Gebran Neto, relator dos processos relacionados à Lava Jato no TRF4, negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa.
Os advogados alegam que a prisão preventiva deveria ser revogada porque os fatos investigados são antigos. Mas, para o desembargador, a manutenção da preventiva é necessária para garantir que o empresário não atrapalhe as investigações. Gebran Neto considerou “inviável” a substituição do regime fechado por medidas cautelares.
Ronan Maria Pinto teve a prisão decretado por ser apontado como real beneficiário de metade de um empréstimo de R$ 12 milhões feito pelo Banco Schahin ao pecuarista José Carlos Bumlai – também alvo de investigação na Lava Jato. Na 27ª fase da operação, a Força Tarefa investiga o motivo do repasse de R$ 6 milhões ao dono do jornal Diário do Grande ABC.
A suspeita é de que o caso possa ter relação com o esquema de corrupção na cidade de Santo André, no final dos anos 90, e com a morte do então prefeito petista, Celso Daniel, em 2002.