Um grito de liberdade, mas dentro de uma caixa
Peça ‘Sussurros da escravidão’ questiona situações atuais que poderiam estar em livros de História
Com linguagem inovadora e interação com o público, a peça “Sussurros da escravidão” levou reflexão para a praça Santos Andrade, neste domingo (2). Em uma caixa em que estão apenas a atriz Fátima Martins e uma pessoa do público a cada vez, a apresentação ganha um tom personalista.
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Em formato de diálogo, o que aproxima o espectador da história, a peça proporciona uma experiência totalmente única. Proposta pensada pelo diretor Mateus Faconti, o projeto integra a companhia de teatro Coletivo Allegro e Tenda da Fortuna.
A caixa representa a “prisão” sofrida por Madalena, uma mulher que ainda criança foi submetida à escravidão doméstica por sua família adotiva. O cárcere privado se prolonga por anos e é estendido ao filho da protagonista. A peça aborda um assunto importante e atual.
Segundo dados da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, somente em 2022, 2.575 trabalhadores foram encontrados em condições análogas à escravidão, fora os que ainda vivenciam esse tipo de trabalho e ainda não foram resgatados. A peça “Sussurros da escravidão” é um grito de liberdade e uma forma de lembrar a todos nós que essa prática ainda existe.
Segundo a atriz Fátima Martins, o sentimento trazido por essa atuação é o de transformação e empatia. “O propósito do teatro é transformar pessoas”, reforça. O espetáculo recebe 12 pessoas por apresentação e para garantir a sua presença é necessário somente preencher o formulário presencialmente e aguardar receber sua senha.
SERVIÇO:
Praça Santos Andrade, 03/04 às 15h30
Praça General Osório, 04/04 às 10h
Bebedouro do Largo da Ordem, 05/04 às 17h
Informação: Luara Melissa, estudante de jornalismo da Universidade Positivo, em parceria com a BandNews FM Curitiba