A Urbs, empresa responsável por gerenciar o transporte público coletivo em Curitiba, entrou na Justiça para que haja o cumprimento da frota mínima de ônibus na capital. Em greve, motoristas e cobradores não cumprem o acordo firmado em reunião do Tribunal Regional do Trabalho.

O documento determina que o sindicato dos trabalhadores deve assegurar frota de, pelo menos, 30% dos veículos no horário regular e 50% no horário de pico – das 5h30 às 9h30 e das 16h45 às 19h30. Em caso de descumprimento, há a previsão de multa para o sindicato.

O diretor de transportes da Urbs, Daniel Andreatta, garante que todos os pagamentos foram feitos às empresas, responsáveis por pagar os funcionários. No entanto, até agora, apenas algumas fizeram os repasses de forma integral aos trabalhadores.

O Setransp – sindicato que representa as empresas – diz que a greve é um reflexo de uma tarifa técnica (atualmente em R$ 3,27) que não cobre os custos de operação do serviço. No entanto, para a Urbs, o cálculo é justo, já que é feito com base no contrato de operação.

Por meio de nota, o sindicato dos motoristas e cobradores diz que todos os diretores estão, desde as 4h, em frente às garagens para garantir a frota mínima, porém, encontrar resistência dos trabalhadores – que estão revoltados pelo fato de não haver nenhuma sinalização de pagamento até agora.

Já o Setransp também afirma que vai entrar na Justiça contra o Sindimoc. Segundo o sindicato das empresas, os ônibus estão prontos para rodar, mas são impedidos pelo movimento grevista.  A nota diz ainda que o sindicato patronal refuta as acusações de “jogo de pressão” – termo utilizado pelo prefeito sobre a manifestação desta terça-feira. Ainda não há confirmação de quando deve ser feito o pagamento dos funcionários.