Após quatro meses, a campanha “Vacina UFPR” arrecadou um milhão e meio de reais para o desenvolvimento do imunizante nacional contra a Covid-19. Do total, R$ 182 mil foram obtidos por meio de doações, e R$ 85 mil vieram de um repasse feito pelo Ministério Público do Paraná. O restante foi captado com financiamentos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, recursos da própria Universidade e do Governo do Estado.

Com as doações, o estudo avançou na fase pré-clínica, quando a vacina é testada em animais. É o que explica o superintendente de parcerias e inovação da UFPR, o professor Helton José Alves.

Os pesquisadores precisam verificar três pontos: se o anticorpo produzido bloqueia a infecção pelo vírus, se animais vacinados desenvolvem a doença com a exposição ao vírus, e, por fim, se as diferentes concentrações da vacina prejudicam a saúde do animal de alguma forma. Estas fases são conhecidas como neutralização, proteção animal e toxicológico, respectivamente. A equipe responsável estima que serão necessários R$ 76 milhões para a conclusão do estudo, entre compra de insumos, de infraestrutura e pagamento dos pesquisadores.

O professor afirma que as doações são essenciais para garantir a vacina nacional.

Qualquer pessoa pode contribuir com a pesquisa, que aceita doações por transferência bancária e Pix. Os valores são administrados pela Fundação da Universidade Federal do Paraná e ficam disponíveis no Portal da Transparência. Todas as informações sobre a pesquisa estão disponíveis no site vacina.ufpr.br// Após a conclusão da fase pré-clínica, os pesquisadores precisam pedir que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorize os testes em humanos.