Vandalismo cresce 30% no transporte coletivo de Curitiba
Em 1 ano o prejuízo gerado foi de R$ 2 milhões
O vandalismo em terminais, estações-tubo e pontos de ônibus do transporte coletivo de Curitiba gerou prejuízos que somaram R$ 2 milhões e 100 mil em um ano. De acordo com um levantamento da Urbanização de Curitiba (Urbs) e da empresa Clear Channel, que administra os pontos de ônibus metálicos da cidade, de abril de 2021 a abril de 2022, o valor é 30% superior ao do mesmo período do ano anterior, quando totalizou R$ 1 milhão e 600 mil. O presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, conta que os valores foram usados para pagar o conserto e substituição das estruturas vandalizadas, gastos que poderiam ser aplicados em melhorias para o usuário.
Segundo a Urbs, os bairros mais afetados com o vandalismo no transporte coletivo são Centro, Água Verde, Rebouças, Bigorrilho, Mercês e Uberaba. Juntos, esses bairros responderam por quase metade dos gastos com vandalismo nos últimos 12 meses (R$ 947 mil). Neste ano, de janeiro a abril, foram gastos R$ 581 mil com reparos provocados por vandalismo. Onegy comenta ainda que as depredações acontecem principalmente nos pontos de ônibus.
Os casos de vidros quebrados somaram 1.959 ocorrências de janeiro a abril, um aumento de 12% do mesmo período do ano passado (1.746).
A Urbs afirma que mantém as equipes próprias e terceirizadas para atender as demandas provocadas pelo vandalismo. Elas percorrem os terminais diariamente para fazer a vistoria e apontar falhas. De acordo com a prefeitura, esse reforço tem ajudado a reduzir o tempo de resolução dos problemas e o desconforto dos usuários do sistema. O tempo médio de reparo hoje é inferior a 24 horas (22 horas). As denúncias também podem ser feitas pelo telefone 153 (Guarda Municipal).
Reportagem Fernanda Scholze