Vereadora de Curitiba é investigada pela prática de ‘rachadinha’
Gaeco fez operação em gabinete e endereços de Noemia Rocha (MDB) nesta terça-feira
O Gaeco (Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, cumpriu mandado de busca e apreensão no gabinete da vereadora de Curitiba Noemia Rocha (MDB), na Câmara Municipal, na manhã desta terça-feira (28). Ao todo, foram oito mandados de busca – sete em Curitiba e um em Colombo, na região metropolitana. A suspeita é de crime de ‘rachadinha’, quando assessores do gabinete são obrigados a devolver parte do salário. Além da Câmara, promotores cumpriram mandados de busca na casa da vereadora Noêmia, nas residências de cinco servidores e de um ex-servidor do Legislativo Municipal.
O objetivo foi apreender documentos, celulares e computadores que possam ajudar na investigação. A investigação do Gaeco foi aberta a partir de denúncia anônima encaminhada em 2021, indicando que a vereadora estaria praticando a ‘rachadinha’ desde pelo menos 2017 – servidores seriam obrigados a repartir os salários com pessoas que prestariam informalmente serviços relacionados ao programa de rádio da parlamentar. A denúncia informava ainda que ela estaria obrigando os servidores a pagarem contas pessoais dela (boletos, dívidas e despesas variadas, inclusive relacionadas à festa de casamento da filha). É o que detalha o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti.
Noemia Rocha está no 4º mandato como vereadora de Curitiba. Ela foi eleita em 2020 com 4.439 votos. Atualmente, Noemia é líder do MDB na câmara. Em nota, a Câmara de Curitiba diz que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. A reportagem não conseguiu contato com a vereadora Noemia Rocha.