Depois de pouco mais de duas horas os manifestantes ligados ao Movimento Popular por Moradia (MPM) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) liberaram completamente os dois sentidos do Contorno Sul. O protesto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) reuniu pelo menos duzentas pessoas, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Eles se reuniram na região da trincheira do Sabará, km 595 da BR-376. Das 8h, até pouco depois das 10h, pneus foram queimados para evitar que os carros passassem pelo local. Esse movimento é nacional e aconteceu ao mesmo tempo em mais de 40 rodovias do Brasil.

A manifestação também teve como objetivo para pressionar o Governo Federal a cumprir as promessas feitas aos movimentos sociais que lutam pela reforma agrária e pelo direto à terra.

O coordenador do MTST, Fernando Pena, explica que os manifestantes querem agilidade nos processos que pretendem regulamentar as ocupações Tiradentes, Nova Primavera e 29 de Março. As três ocupações ficam na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

O Movimento Popular por Moradia e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto também se manifestam “a favor da democracia”. Eles acreditam que o processo de impeachment é um “golpe institucional” articulado pelas principais lideranças do PMDB – como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o vice-presidente da República, Michel Temer.

Essa foi a única rodovia bloqueada no Paraná durante essa agenda nacional articulada por movimentos sociais ligados à moradia. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o congestionamento chegou à 8 km em cada um dos sentidos. A pista no sentido Ponta Grossa foi liberada às 10h da manhã. No sentido São José dos Pinhais os carros foram liberados 15 minutos depois.