Metade dos paranaenses tem contas em atraso há mais de três meses
47% dos paranaenses endividados tem contas em atraso há mais de 90 dias e podem ser incluídos nos sistemas de proteção ao crédito. Em média, o tempo de comprometimento com dívidas se aproxima dos sete meses no Estado. O levantamento foi divulgado pela Federação Nacional do Comércio, no Paraná.
Uma em cada quatro famílias se declararam muito endividadas no mês passado; em média, cerca de 31% da renda das famílias está comprometida com dívidas. A maior parte desses débitos – 69% – vêm do uso do cartão de crédito; em seguida, os principais meios de endividamento são o financiamento imobiliário e de veículos, em quase 20% dos casos. No caso da compra financiada de veículos, os 10% atuais representam o menor índice desde 2010; em 2012, com a política de concessão de crédito e desoneração do IPI, o financiamento de veículos bateu nos 27%. Mesmo entre os mais ricos, esse cenário de retração se mantém. Em 2010, a compra financiada de veículos passou dos 55% entre as famílias com renda de pelo menos 10 salários mínimos; atualmente, esse número não chega a 12%.
No geral, o número de endividados caiu pelo quarto mês consecutivo. 83% dos consumidores paranaenses terminaram abril endividados; em março, esse montante estava acima dos 84%. No restante do país, o número de endividados não chega a 60%. Há um ano, 87% dos paranaenses estavam endividados. Entre os fatores que explicam a queda no endividamento está a retração no consumo e a dificuldade dos consumidores em tomar crédito – reflexo do desemprego e da inflação. De acordo com a pesquisa, 26% dos consumidores do Estado tem contas em atraso; outros 10% avaliam que não tem condições de pagar as dívidas. A expectativa é que a restrição de capital afete as vendas para o Dia das Mães. 71% dos paranaenses pretendem investir em presente, no próximo domingo (8) – há um ano, 78% dos filhos tinham em mente presentear as mães.