Associação de concessionárias de pedágio considera frente parlamentar político-eleitoral
A ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias do Paraná e Santa Catarina) considera que a Frente Parlamentar Contra a Renovação dos Contratos de Pedágio tem características político-eleitorais. Isso porque, segundo a ABCR, a Frente que foi lançada hoje (segunda) no Paraná pretende rediscutir o que já foi objeto de duas CPIS. Segundo o diretor da ABCR, João Chiminazzo Neto, a entidade também colocou todos os dados a disposição porque tem interesse que a sociedade saiba com transparência as atividades que são feitas.
Os parlamentares que integram a mobilização defendem que o preço cobrado pelas concessionárias de rodovias é alto e atrapalha o desenvolvimento do Estado. Eles também pedem a votação em plenário, em regime de urgência, de um projeto que delega à Assembleia Legislativa poder de decisão sobre novos aditivos nos atuais contratos e também sobre futuras concessões de rodovias. A proposta já tem parecer favorável de todas as comissões legislativas. Enquanto não é decidida a possibilidade de haver ou não a prorrogação, as concessionárias têm cobrado aditivos para conclusão de obras. Os deputados também reclamam que alguns trechos de obras não foram concluídos. O que a ABCR nega.
Dos 54 deputados estaduais do PR, 21 declararam apoio a Frente Parlamentar até o momento. A nova Frente Parlamentar já definiu um cronograma de encontros com lideranças locais que serão realizados no interior do estado, neste primeiro momento. A primeira reunião acontecerá em Ponta Grossa, no dia 23 de maio. Em seguida, o grupo passa por Foz de Iguaçu e Cascavel, no dia 17 de junho; Umuarama, em 24 de junho; e Londrina e Maringá, no dia 8 de julho. Um dos grandes questionamentos feitos pelos deputados é para saber o que seria melhor: manter as tarifas elevadas até o fim dos contratos (2021) ou firmar a renovação por um prazo mais longo, exigindo a redução dos preços e ampliação das obras. Um levantamento da Federação das Indústrias do Estado do PR apontou que os preços dos pedágios estaduais deveriam ser reduzidos pela metade e a quantidade de obras deveria ser duplicada, para que houvesse adequação com o que é praticado no mercado atualmente.