Os presos e o material apreendido na 30ª fase da Operação Lava Jato devem ser trazidos ainda hoje para a Polícia Federal em Curitiba. Às 10 horas a Polícia Federal concede uma entrevista coletiva, que deve fornecer todos os detalhes dessa ação. Até o momento nome de nenhum preso foi confirmado oficialmente.

Três grupos de empresas são alvos da 30ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada hoje de manhã pela Polícia Federal, com o apoio da Receita Federal. Segundo as investigações, os grupos usaram contratos fictícios de prestação de serviços para repassar o dinheiro para as diretorias de Serviço e Abastecimento da Petrobras.

As investigações estão diretamente ligadas aos crimes já revelados em outras fases da operação. Vários contratos entre empresas e a Petrobras estão na mira da PF. A fraude pode ter beneficiado funcionários da estatal, agentes públicos e políticos. Os investigados são suspeitos de crimes como corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A 30ª fase da Lava Jato ainda cumpre mandados que buscam confirmar pagamentos indevidos a um executivo da área internacional da Petrobras em contratos para a compra de navios-sondas.

Cerca de 50 Policiais Federais e 10 servidores da Receita Federal cumprem 28 mandados de busca e apreensão, 2 mandados de prisão preventiva e 9 mandados de condução coercitiva – quando a pessoa é levada a depor e depois é liberada. As ordens são cumpridas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

A Operação Vício, 30ª fase da Operação Lava Jato, recebe esse nome porque, de acordo com a Polícia Federal, o sistema repete constantemente atos de corrupção. A PF chega a afirmar que “determinados funcionários da estatal e agentes políticos aparentam não atuar de outra forma senão através de atos lesivos ao Estado”. Ainda segundo a Polícia Federal, “o termo remete a ideia de que alguns setores do Estado precisam passar por um processo de desintoxicação do modo corrupto de contratar”.