PMs suspeitos de participação em grupo de extermínio são presos em Curitiba
Uma operação da Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira (23), em Curitiba, cinco homens, sendo dois policiais militares da ativa, um policial aposentado e dois ex-PM’s. Contra eles há uma acusação de participação em homicídios registrados entre agosto de 2010 e janeiro de 2011 na chamada ‘Favela da Rocinha’, entre os bairros Hauer e Boqueirão, na capital paranaense. As prisões têm duração de trinta dias. Doze mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelos policiais civis. A ação é da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e conta com apoio do grupo Tigre e também da Polícia Militar do Paraná. O comandante da PM-PR, coronel Maurício Tortato, diz que a corporação não compactua com qualquer ato criminoso. Agora, os policiais que foram presos podem acabar expulsos.
Depois de prestarem depoimento, os policiais devem ser levados para o quartel da corporação. Os demais, para o Centro de Triagem de Curitiba. A investigação dos suspeitos, que, para a investigação, integravam uma espécie de grupo de extermínio, teve início em novembro de 2011, com depoimento de testemunhas e sobreviventes de supostos ataques contra usuários de drogas. As mortes teriam acontecido em vingança pela morte de um familiar de um policial, como explica o delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Marcelo Lemos de Oliveira.
Os assassinatos chegaram a ser atribuídos ao ex-comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Jorge Luiz Thais Martins – que passou duas semanas preso, ainda em 2011. Novas provas obtidas pela Polícia Civil mostram que as mortes teriam sido causadas pelos policiais e ex-policiais presos nesta quinta-feira, e não pelo coronel, que sempre negou as acusações.