O Paraná é o Estado do sul do país que mais reduziu a pobreza entre 2009 e 2015. A queda apurada no período foi de 15% – quase cinco vezes o que foi registrado no país – o que leva a uma média de 2,14% a cada ano. Os dados são da PNAD, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, e foram reunidos pelo Ipardes, o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social.

Segundo o levantamento, de 2009 a 2015, o número de pessoas que ganhavam até meio salário mínimo caiu 3,3%. E isso, segundo o governo do Estado, se deve a uma série de fatores combinados, como uma polícia social voltada à redução da desigualdade e um mercado de trabalho menos afetado pela crise. É o que explica a secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa.

Na semana passada o Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, divulgou uma pesquisa que mostrava que a desigualdade no Paraná também está menor. Os dados indicavam que, entre 2009 e 2014, a participação da população mais pobre na renda domiciliar global do estado subiu de 18% para 20%. Já a parcela da população mais rica, o equivalente a 1% dos paranaenses, caiu de 9% para 8% no mesmo período.

Para o diretor presidente do Ipardes, Julio Suzuki Júnior, o atual cenário do Estado é reflexo dos investimentos feitos nos últimos anos. Pesam ainda, na balança, fatores como o salário mínimo regional paranaense, que é o maior do país, e o aumento da escolaridade.

Principal programa estadual para redução da pobreza e de desigualdades sociais, o Família Paranaense já atendeu duzentas e cinquenta e três mil famílias com planos personalizados e com o benefício da transferência de renda complementar desde a criação, em 2012. Embora o emprego não tenha crescido de maneira linear e a crise econômica tenha aumentado o desemprego, o levantamento do Ipardes mostra que vários setores acumulam crescimento entre 2009 e 2015. Somente os segmentos de educação, saúde e serviços sociais foram responsáveis por um adicional de 102 mil empregos no período.