Armamento utilizado para segurança em presídios é desviado de depósito
A Polícia Civil investiga o sumiço de armas que seriam utilizadas por agentes penitenciários de elite. Segundo o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR), o armamento foi desviado por um funcionário responsável pela guarda do material. Foi constatado o sumiço de carabinas, espingardas calibre 12 e revólveres 38 – de uso da Seção de Operações Especiais (Soe). A suspeita é de que as armas tenham sido vendidas para criminosos. O lote faz parte de uma remessa que foi doada pela Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (DEAM) em agosto de 2015. Um agente penitenciário, que prefere não se identificar, revela que os colegas acreditam que o desvio tenha sido cometido com a participação ou o consentimento de outras pessoas, tendo em vista que o depósito é vigiado a todo momento.
O agente explica que o depósito de armas fica dentro do antigo setor de isolamento de presos na Penitenciária Central do Estado, em Piraquara, região metropolitana de Curitiba. Ele conversou com Ricardo Pereira.
O Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR) confirma a investigação, que está sob responsabilidade da Polícia Civil. Segundo o diretor do Depen, Luiz Alberto Cartaxo, o funcionário suspeito de ter feito o desvio já foi identificado e deve ser punido em breve.
Não há confirmação do número exato de armas desviadas. Enquanto isso, o funcionário continua trabalhando, mas em outro setor. Há a informação de que ele já tenha respondido a processos administrativos por desvios de conduta há algum tempo.