Ambulatório clínico do Hospital Evangélico é embargado pela Prefeitura de Curitiba
A partir de amanhã (quinta), as consultas agendadas para o ambulatório de atendimentos clínicos do Hospital Evangélico do Paraná não poderão ser realizadas. A administração da entidade alega que os serviços vão ser comprometidos depois que a prefeitura embargou o prédio em que funciona o ambulatório, na tarde de hoje (quarta).
A assessoria do municipio rebate a afirmação do Evangélico. Segundo a prefeitura, o ambulatório não foi fechado e os atendimentos podem ser realizados normalmente. O embargo não afeta o setor de saúde, mas deu inicio a um processo administrativo na Secretaria Municipal de Urbanismo. Segundo o Evangélico, na semana passada, a administração do hospital não localizou o alvará de funcionamento durante uma fiscalização da prefeitura. Por isso, o municipio determinou o embargo da unidade da Rua Padre Anchieta.
De acordo com o administrador judicial da Sociedade Evangélica Beneficente, Ladislau Zavadil Neto, as licenças sanitárias e dos bombeiros estão em dia. Como não houve prazo para a regularização do alvará, o hospital vai acionar o Ministério Público.
O ambulatório funciona há 10 anos. São realizadas mais de 700 consultas por dia de diversas especialidades. Os atendimentos são feitos pelo Sistema Único de Saúde e os pacientes vem de todo o estado do Paraná para receber tratamento. O prédio, anexo a Faculdade Evangélica, também serve para a realização de aulas do curso de medicina.
A prefeitura de Curitiba afirmou ainda, por meio de nota, que o hospital tem os prazos jurídicos cabíveis para recorrer da decisão. O Evangélico alega que não tem uma autorização por escrito do município e, por isso, não vai realizar os atendimentos clínicos no ambulatório. A administração teme por processos judiciais, neste caso.
Reportagem: Alexandra Fernandes