Administração do Hospital Evangélico entrega documentos para emissão de alvará de ambulatório embargado pela prefeitura
O ambulatório de atendimentos clínicos do Hospital Evangélico do Paraná tem funcionamento normal na manhã desta quinta-feira (18). A unidade havia anunciado uma paralisação das atividades a partir de hoje depois que a prefeitura embargou o prédio em que funciona o ambulatório, ontem (17) à tarde.
Ainda ontem, à noite, a administração do hospital se reuniu com o Ministério Público do Trabalho e a Secretaria Municipal da Saúde. Em conjunto, eles decidiram manter a unidade aberta para não prejudicar os pacientes. A determinação do embargo partiu da Secretaria de Urbanismo e dá andamento a um processo administrativo instaurado em 2016, que questiona a falta do alvará de localização e funcionamento para atividade médica ambulatorial.
Segundo a diretora do Departamento de Fiscalização da Secretaria Municipal do Urbanismo, Jussara Policeno Carvalho, o documento não prevê o fechamento da unidade.
Segundo o Evangélico, na semana passada, a administração do hospital não localizou o alvará de funcionamento durante uma fiscalização da prefeitura. Por isso, o município determinou o embargo da unidade da Rua Padre Anchieta, que fica anexa à Faculdade Evangélica, no Campo Comprido. O administrador judicial da Sociedade Evangélica Beneficente, Ladislau Zavadil Neto, leu um trecho do documento que determina a paralisação imediata das atividades.
A administração do Hospital tem até 10 dias após o recebimento do embargo para se manifestar e dar início ao processo de regularização dos documentos que cumprem a lei do município. Ladislau diz que deve ainda hoje procurar a Secretaria de Urbanismo para resolver o imbróglio. Por enquanto, a unidade deve manter o atendimento normal.
O ambulatório funciona há 10 anos. São realizadas mais de 700 consultas por dia de diversas especialidades. Os atendimentos são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os pacientes vêm de todo o estado do Paraná para receber tratamento. O prédio também serve para a realização de aulas do curso de medicina.
Reportagem: Ana Flavia Silva