Aulas presenciais podem ser retomadas no Paraná no mês de setembro

 Aulas presenciais podem ser retomadas no Paraná no mês de setembro

Foto: divulgação/SEED

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Foto: divulgação/SEED

As aulas presenciais, suspensas desde março na rede pública do Paraná, podem ser retomadas em setembro. A informação foi confirmada pelo governo ontem (30), dia em que o Estado bateu o recorde de casos novos de coronavírus em 24 horas. O Comitê de Volta às Aulas apresentou o protocolo que estabelece as regras para o retorno.

O documento ainda depende do aval da Secretaria de Estado da Saúde, mas projeta a retomada de aulas presenciais a partir de setembro, ainda sem uma data definitiva, de forma híbrida. Ou seja, as aulas remotas continuariam diárias, no ambiente virtual, enquanto as atividades presenciais aconteceriam de forma escalonada, com os estudantes divididos em grupos.

Pelo protocolo, a data exata de retorno será definida pela Secretaria da Saúde. Os pais e os estudantes também devem ser consultados, para avaliar se o modelo proposto é seguro. A orientação é para que as escolas particulares façam a mesma consulta. Voltariam, em um primeiro momento, os alunos do 3º ano do Ensino Médio e 9º ano do Ensino Fundamental. Posteriormente, os que estão no Ensino Médio. Na sequência, os alunos do Ensino Fundamental. E, por fim, os estudantes da Educação Infantil.

O diretor-geral da Secretaria de Estado da Educação, Gláucio Dias, defende que o protocolo é seguro, e que existe a possibilidade dele ser executado de forma regionalizada. Ele explica que a data exata para a volta às aulas deve ser definida dentro do prazo de duas semanas:

De acordo com o Comitê de Volta às Aulas, o modelo híbrido e escalonado funcionará da seguinte forma: os estudantes serão divididos em grupos de revezamento. Durante uma semana, parte dos estudantes realiza as atividades presenciais, enquanto os demais continuam a assistir às aulas remotas, pela TV ou pela internet. Na semana seguinte, os grupos se invertem: quem estava em casa volta para a escola; quem estava na escola volta para casa.

Além disso, as escolas devem evitar ao máximo as aglomerações e redobrar os cuidados com a higiene. As carteiras devem estar dispostas a, no mínimo, um metro e meio de distância entre eles. Os horários de intervalo e recreio devem ser escalonados. Cada turma faz a pausa em um horário diferente. Da mesma forma, os horários para ir ao banheiro. O ambiente onde será servida a merenda deve ser higienizado antes e depois da refeição. Quando possível, será estimulado que professores e estudantes façam o lanche das próprias meses que ocupam.

Pelo protocolo, alunos e funcionários com temperatura corporal acima de 37º serão obrigados a voltar para casa. As aferições devem ser feitas na entrada das escolas. Além disso, estão previstas as compras de 5 milhões de máscaras de tecidos e 400 mil litros de álcool 70% por mês (metade líquido, metade em gel), além de luvas, macacões, botas, toucas e termômetros.

O sindicato que representa professores e trabalhadores em educação manifestou preocupação. Os trabalhadores são contrários à ideia e propuseram a criação de um debate mais aprofundado acerca do protocolo.

Reportagem: Angelo Sfair

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