Cesta básica em Curitiba chega a R$ 701, aponta Diesse
O tomate foi o item que registrou maior alta, chegando a quase 58% no mês
O valor da cesta básica de alimentos em Curitiba subiu mais de 7%, em um mês. É o que aponta pesquisa divulgada HOJE (quarta-feira, 6) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) que calculou o conjunto de produtos essenciais em R$ 701,59. Essa é a quantia que os curitibanos precisaram desembolsar para comprar itens como arroz, feijão, macarrão e óleo de soja em março. Entre os itens que puxaram o aumento está o tomate que registrou alta de quase 58% em Curitiba, em apenas um mês. Feijão, óleo de soja, pão francês e farinha de mandioca aparecem na sequência com as maiores altas na cidade. O pesquisador e economista do Dieese, Sandro Silva, explica que a baixa oferta de alguns produtos e ao mesmo tempo o aumento de custos de produção têm impactado nos preços.
A capital paranaense (7,46%) registrou a segunda maior alta em 30 dias entre as 17 cidades pesquisadas, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro (7,65%). Além disso, Curitiba tem a 8ª cesta mais cara do país. São Paulo lidera esse ranking com o custo médio de R$ 761, seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 750,71) e Florianópolis (R$ 745,47).
A comparação do valor da cesta em 12 meses, ou seja, entre março de 2021 e março deste ano, mostrou ainda que todas as capitais tiveram alta de preços, com variações que oscilaram entre 12%, em Aracaju, a quase 30%, em Campo Grande. Em Curitiba, a alta em 12 meses chegou a 21%.
Diante dos valores, o Dieese aponta que para suprir todos os custos básicos para sobrevivência, como alimentação, estudos e alimentação, o trabalhador precisaria receber, pelo menos, 5 vezes mais que o salário mínimo em vigor (R$ 1.212). Chegando a R$ 6.394,76. Em fevereiro, o valor necessário era de R$ 6.012,18, já em março de 2021, o valor era de R$ 5.315,74.
Reportagem: Leonardo Gomes