Foi aprovado em primeira votação o projeto de lei que propõe a transformação da Companhia de Energia do Paraná (Copel) em corporação. Encaminhada pelo Poder Executivo em regime de urgência, a proposta também prevê a mudança do capital da empresa de aberto para disperso e sem acionista controlador.

Mesmo com a pressão de setores da sociedade contrários à aprovação do texto, ele foi aprovado com 38 votos favoráveis e 14 contrários. Entre os parlamentares a discussão também foi permeada de muita polêmica. Para os deputados da oposição, trata-se de uma clara tentativa de privatizar a Copel, o que o governo nega.

Além de críticas ao teor do projeto, parlamentares defendem que uma mudança desse impacto seja discutida com mais tempo, rigor e transparência. O líder da Oposição, deputado Arilson Chiorato (PT), questionou a falta de uma audiência pública com a população e com funcionários da Copel.

Ainda durante a sessão seis deputados contrários à aprovação do projeto entraram com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Paraná, com o intuito de suspender a tramitação do projeto de privatização da Copel.

A previsão é que o assunto retorne ao plenário nesta quinta-feira para segunda votação. Também serão discutidos e votados outros projetos que fazem parte do pacote de medidas em regime de urgência encaminhado pelo governo do estado. Entre as propostas está a que propõe a elevação dos impostos estaduais.

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Também o projeto de lei que propõe uma mudança no perfil administrativo da Biblioteca Pública do Paraná, que passaria a ser subordinada à Secretaria da Cultura, além da criação de nove secretarias e da terceirização dos serviços penitenciários do estado.

O projeto que aumenta os subsídios do governador, vice-governador e secretários, aprovado em primeira votação, com 41 votos favoráveis e nove contrários, também retorna para segunda votação nesta quinta-feira. 

Reportagem por Vanessa Fontanella e Angelo Sfair.