Vereador de Ponta Grossa é afastado por suspeita de fraudes
O Ministério Público investiga um grupo suspeito de direcionar licitações no Paraná e outros estados
Um vereador de Ponta Grossa está entre os alvos de uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) contra uma quadrilha suspeita de fraudar licitações públicas. Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão. Além dos municípios de Ponta Grossa e Palmeira, nos Campos Gerais, buscas também foram feitas nas cidades de Curitiba, Lapa, Guaratuba e Balneário Camboriú (SC). Durante as ações, uma pessoa foi presa em flagrante por porte irregular de arma de fogo de uso restrito.
Segundo o Ministério Público, são investigados crimes de fraude a licitações, tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O grupo atuava não apenas no Paraná, mas também em municípios de São Paulo e Santa Catarina.
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O promotor de Justiça Antônio Juliano Souza Albanez explica que as investigações buscam entender o funcionamento da organização criminosa que envolvia agentes políticos, servidores públicos e empresários. A operação decorre de informações levantadas em uma CPI instalada na Câmara Municipal de Ponta Grossa, no ano passado, para apurar possíveis irregularidades em contratos da saúde pública:
A CPI mirava contratos da saúde pública, mas acabou se deparando com a suspeita de um esquema de pagamento de propinas para fraudar licitações de diversas áreas. O grupo atuava não apenas no Paraná, mas também em São Paulo e Santa Catarina. Foram levantadas suspeitas de direcionamento de licitações para a contratação de shows e eventos, projetos de recuperação tributária e até mesmo para a compra de livros.
Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pela 3.ª Vara Criminal de Ponta Grossa. A Justiça também determinou o afastamento do vereador e de um servidor público municipal até o encerramento das investigações.
Reportagem: Angelo Sfair