Sete pessoas devem ser presas pela Polícia Federal em uma operação contra o tráfico internacional de drogas. Também são cumpridos nove mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos. As ações desta quinta-feira (13), com apoio da Receita Federal, são realizadas em Paranaguá e Pontal do Paraná, Balneário Camboriú (SC) e Guarujá (SP).

Segundo as investigações, a quadrilha aproveitava cargas de madeira com destino à Europa para ocultar cocaína. Usando esse método, os criminosos apostavam que a droga poderia ser enviada para o exterior de forma mais segura e sem levantar suspeitas. A Polícia Federal descobriu que os traficantes estavam vinculados a uma empresa que fazia o transporte de contêineres com cargas de madeira até o Porto de Paranaguá.

As cargas que circulam pelo terminal são inspecionadas fisicamente e por aparelhos de raio-x. Por isso, segundo as investigações, os criminosos adotaram algumas técnicas para burlar a fiscalização. Uma delas envolvia o atraso deliberado na descarga com a finalidade de ganhar tempo para esconder a cocaína. Os criminosos serravam os pallets de madeira para criar compartimentos ocultos, onde a droga era depositada antes da remontagem das estruturas de madeira.

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Segundo a Polícia Federal, em meio às investigações contra essa quadrilha, pelo menos cinco apreensões de drogas realizadas no Porto de Paranaguá estavam vinculadas a esse grupo. As ações resultaram na apreensão de mais de três toneladas de cocaína.

O dinheiro movimentado pelos traficantes era lavado em um esquema imobiliário. Eles compravam ou construíam imóveis para locação, dando aparência de legalidade para o dinheiro que, na verdade, era resultante do envio de drogas para o exterior.

Os suspeitos serão indiciados por organização criminosa, tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. As penas, somadas, chegam a 50 anos de reclusão.

Reportagem: Angelo Sfair