Medicamento fraudado pode ser antibiótico, diz secretário Beto Preto
Operação investiga empresa suspeita de fraudar uma licitação de 6 mil frascos Imunoglobulina Humana
O medicamento falsificado, por empresa suspeita de fraudar licitação estadual, pode ser antibiótico chamado metronidazol. De acordo com as investigações, a empresa é suspeita de fraudar uma licitação de 6 mil frascos de Imunoglobulina Humana, avaliados em 10 milhões e 600 mil reais.
A medicação é indicada para tratamento de doenças autoimunes, leucemia e para pacientes recém transplantados. De acordo com o secretário de estado da Saúde, Beto Preto, a perícia da Polícia Cientifica identificou outro medicamento dentro dos frascos.
O material não tinha registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segundo a delegada da Polícia Civil PR, Aline Manzatto, a falsificação ficou evidente pelo fato de que o comércio, distribuição e uso do produto foram proibidas por uma resolução da Anvisa.
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A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná informou que recolheu as doses distribuídas e que apura quais pacientes utilizaram o medicamento. Ainda de acordo com o secretário, o uso do medicamento é exclusivo no ambiente hospitalar.
A secretaria informou ainda que a licitação ocorreu conforme o previsto e a irregularidade está no que foi entregue ao órgão. O cumprimento dos mandados aconteceu simultaneamente em Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Realeza, Bom Sucesso do Sul e Pinhal do São Bento.
A operação teve o apoio do Ministério Público do Paraná (MPPR) e da Vigilância Sanitária.
Reportagem: Francine Lopes e Amanda Yargas