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Paraná define normas para destinação de animais mortos por esporotricose

No Paraná, casos da doença mais que dobraram no último ano

 Paraná define normas para destinação de animais mortos por esporotricose

Foto: SEDEST

Normas para o recolhimento e a destinação final adequada de corpos de animais com suspeita ou confirmação de esporotricose são definidas no Paraná.

A partir de agora, uma resolução conjunta das Secretarias de Estado de Saúde e do Desenvolvimento Sustentável, além do Instituto Água e Terra, determina que tutores de pets que se enquadrem no caso devem informar a morte ao serviço responsável pelo recolhimento do animal, com prazo de 12 horas para o recolhimento e obrigatoriedade do uso de equipamentos de proteção individual.

O corpo, inclusive, deve ser mantido isolado em um saco plástico até ser recolhido e, depois, deverá ser incinerado. Em caso de animais de rua, o protocolo é o mesmo, e o aviso deve ser feito por qualquer pessoa.

A esporotricose é uma micose causada por um fungo e pode afetar tanto humanos quanto animais, principalmente os gatos. De acordo com o médico veterinário e professor universitário Harald Fernando Vicente de Brito, algumas das formas de transmissão da doença são contato com feridas de animais contaminados e arranhaduras.

No Paraná, os casos da doença mais que dobraram no último ano. Foram mais de 2.200 casos notificados em animais até outubro de 2023, ante menos de 800 em todo o ano passado. Em humanos, os casos saltaram de 215 para 660 no período.

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doença tem cura e é importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes. O tratamento é feito com medicamentos antifúngicos, e a prevenção envolve cuidados com a higiene e o manejo dos animais. O médico veterinário frisa, ainda, que é preciso responsabilidade do tutor no processo até a cura.

Atualmente, no Paraná, para casos da esporotricose em humanos, a população pode receber a medicação gratuitamente, desde que com diagnóstico médico. Já os animais recebem o medicamento a partir da notificação na Vigilância em Saúde, também com o diagnóstico fornecido pelo médico veterinário.

Ainda sobre as novas normas, a bióloga e coordenadora de Patrimônio Natural e Educação Ambiental da Sedest explica que, se enterrados, os corpos podem contaminar o solo e contribuir para a disseminação da doença. O objetivo das medidas, segundo ela, são combater essa disseminação.

Os municípios têm 120 dias para se adaptar e atender a nova regulamentação.

Reportagem: Bárbara Hammes

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Jessica de Holanda

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