A Comissão de Defesa do Ato Médico do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) recebeu desde março deste ano, 100 denúncias de exercício ilegal da profissão. O número representa uma denúncia por dia, em média.

Elas foram feitas por e-mail e pelo WhatsApp. De acordo com o presidente do CRM-PR, Eduardo Baptistella, 15 processos de fiscalização ativa estão em andamento.

Entre 2020 e 2023 o Conselho Federal de Medicina (CFM), registrou 201 ocorrências do gênero no Paraná, resultado de 69 processos ingressados no Poder Judiciário e 132 boletins de ocorrências. Já a Polícia Civil do Paraná contabilizou 314 inquéritos de exercício ilegal da medicina entre 2012 a 2023, o quarto maior número entre os estados.

Alguns casos são famosos no Paraná. Em maio, depois de uma denúncia, uma clínica em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, foi flagrada com profissionais sem qualificação realizando procedimentos estéticos. Foram presos em flagrante uma bióloga e um estudante de Biomedicina.

Em fevereiro, uma médica de Pato Branco, na região sudoeste do Paraná, foi detida suspeita de falsificar laudos para diagnosticar pacientes com câncer. Segundo a Polícia Civil do Paraná, o crime ocorria após uma primeira consulta, quando a dermatologista solicitava exames para confirmar o diagnóstico de câncer de pele.

O exercício ilegal da profissão voltou à tona na última semana após a morte de um jovem de 27 anos decorrente de complicações geradas por um peeling de fenol conduzido por um profissional sem qualificação em medicina, mas segundo o CRM-PR, o trabalhode identificação desse tipo de crime é constante.

O Conselho reforça a importância das denúncias que podem ser feitas pelos canais de atendimento do órgão.

Informação: Marlon Santiago