O Paraná já confirmou 45 casos de coqueluche em 2024, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde. Em todo o ano passado, foram 17 diagnósticos positivos da doença. O número acende um alerta também em relação à cobertura vacinal, que no caso da coqueluche está abaixo da meta. No Paraná, ela não chega a 80% em crianças menores de um ano, quando o preconizado pelo Ministério da Saúde (MS) é 95%. Outro público alvo importante são as gestantes, que recebem gratuitamente o imunizante pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O médico da Sociedade Brasileira de Pediatria Marco Safadi reforça a importância de mulheres grávidas receberem a vacina como forma de proteger os próprios filhos.

De acordo com a médica coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Giamberardino, a preocupação é fundamental uma vez que muitas gestantes não estão se imunizando.

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda respiratória altamente contagiosa. Estimativas apontam que uma pessoa infectada pode passar a doença para até 17 pessoas. Diante dos riscos de quadros mais graves, Heloisa orienta que o cuidado deve ser com a carteira de vacinação não só das crianças, mas também dos adultos.

A preocupação com a doença se espalha por todos o país. Recentemente, o Ministério da Saúde recomendou esforço de secretarias estaduais e municipais para ampliarem a vacinação. Até então, no Brasil, a doença estava controlada graças à imunização.

Reportagem: Bárbara Hammes