No Paraná, entre janeiro e junho deste ano, 948 pessoas foram internadas por complicações resultantes de imunodeficiência. No mesmo período, foram registrados três óbitos. A imunossupressão é definida como o enfraquecimento do sistema imunológico, que tem função de proteger o organismo contra infecções. Dessa maneira, são considerados imunossuprimidos aquelas pessoas que apresentam enfraquecimento desta defesa, seja por doenças, uso de medicamentos ou procedimentos médicos. Segundo o Ministério da Saúde, fazem parte deste grupo pacientes com HIV/Aids; portadores de imunodeficiência primária grave e doenças autoimunes; transplantados; pessoas que fazem uso contínuo de imunossupressores e pacientes em terapia renal substitutiva. O infectologista Bernardo Almeida explica que infecções consideradas leves, como a gripe, podem evoluir para a morte em pacientes com deficiência da imunidade.

As imunodeficiências são classificadas como primárias ou secundárias. As primárias estão presentes desde o nascimento, causadas por doenças congênitas ou defeitos genéticos no sistema imunológico. Já as imunodeficiências secundárias se desenvolvem ao longo da vida, podendo ser resultado de doenças crônicas e prolongadas, como diabete e câncer. Esta deficiência pode ser diagnosticada por exames laboratoriais, como os de sangue e testes de pele.

LEIA MAIS

• Quadrilha que acessava sistemas da Polícia é alvo de operação

Embora os sintomas possam variar, pessoas com doenças decorrentes da imunodeficiência tendem a contrair infecções com grande frequência, normalmente do tipo respiratório, como de pulmão ou seios nasais. Outros indícios comuns são febre, perda de peso e apetite, além de dores abdominais. O infectologista detalha que a higienização constante das mãos e a vacinação são os principais cuidados que estes pacientes devem ter.

A Secretaria Estadual da Saúde alerta que para este público, a imunização não é uma opção, mas uma necessidade. Ao receber vacinas recomendadas, esses pacientes podem reduzir o risco de contrair doenças potencialmente devastadoras. Atualmente, mais de 480 patologias relacionadas às imunodeficiências estão catalogadas, como câncer, Síndrome de DiGeorge e diabete.

Reportagem: Mirian Villa