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Vítima de acidente aéreo tem imagem usada para pedir dinheiro

Fotos de criança que estava no avião da Voepass circulam nas redes sociais sem autorização

 Vítima de acidente aéreo tem imagem usada para pedir dinheiro

Foto: Secretaria de Segurança de São Paulo/Divulgação

Um mês após o acidente da Voepass, em Vinhedo (SP), a mãe de uma das vítimas enfrenta problemas relacionados ao direito de imagem.

A jornalista Adriana Ibba explica que perfis em redes sociais usam imagem da filha, Liz Ibba, de três anos, para pedir dinheiro. Ela detalha que é uma situação muito difícil, já que precisa encarar um processo jurídico durante a dor do luto.

No Brasil, o direito de imagem é protegido pela Constituição Federal, prevendo indenização para o caso de violação. Em casos mais graves, o uso indevido pode ser considerado crime. O advogado Frederico Glitz explica que, neste caso, além da proteção do direito brasileiro, pesa também o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

O relatório preliminar do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) aponta para uma falha no sistema que evita o acúmulo de gelo nas asas e que o pack do motor esquerdo da aeronave da Voepass estava inoperante no dia do acidente.

A investigação indica que a aeronave estava em condições de voar em situações de gelo e que o piloto, co-piloto e demais tripulantes tinham qualificação e experiência em voar em condições adversas. A partir do gravador de dados do avião, foi verificado que o sistema “aiframe de-icing” – responsável por evitar que ocorresse acúmulo de gelo nas asas – foi ligado e desligado diversas vezes.

Adriana é uma das integrantes da associação criada pelos familiares das vítimas para acompanhar as investigações. Para ela, a documentação da aeronave ATR 72-500 estar em dia não representa segurança.

Sobre a dinâmica da queda, o relatório preliminar detalha que após autorização para pousar, foram registradas reversões de curva antes do avião entrar em ‘parafuso chato’ (quando a aeronave entra em rotação ao redor do eixo vertical) e completar cinco voltas até a colisão no solo.

O especialista em segurança de voos, Maurício Lorenzini, explica como o gelo pode ter acabado com a sustentação do voo.

A partir de agora, a investigação sobre a queda do avião da Voepass em Vinhedo deverá seguir três linhas principais: fator humano (que vai analisar o desempenho da tripulação com a situação), fator material (que irá investigar a condição de aeronavegabilidade) e fator operacional (que vai apurar os elementos relacionados ao ambiente que pode ter levado ao acidente).

O relatório final do Cenipa pode sair em até um ano.

Reportagem: Mirian Villa

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Paula Duraes

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