O Paraná vai investir R$ 24 milhões em ações de combate a incêndios florestais. A força-tarefa prevê a contratação de aeronaves, formação de brigadistas, compra de equipamentos e contratação de caminhões-pipa.

Na última semana, o governo do Estado decretou situação de emergência para estiagem – medida que facilita a atuação em desastres, já que os municípios podem ter acesso a recursos federais de forma rápida e fazer compras emergenciais sem licitação, por exemplo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, nos 10 primeiros dias de setembro, o Estado registrou mais de mil ocorrências de incêndio em vegetação.

O governador do Paraná, Ratinho Junior, explica que o novo pacote se soma a iniciativas que já estão em prática.

O investimento será concentrado nos municípios onde há unidades de conservação, parques estaduais e nacionais, e áreas de proteção e preservação. As aeronaves, que têm capacidade para 900 e 500 litros de água, serão usadas conforme a necessidade.

Em caso de incêndios de grandes proporções, caminhões-pipas irão abastecer os aviões, enquanto equipes de solo atuarão logo após as descargas de água para apagar os focos remanescentes. Serão investidos mais de R$ 4 milhões na operação aérea. Para o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Schunig, tanto os kits de resposta quanto os aviões serão utilizados para auxiliar brigadistas e equipes do Corpo de Bombeiros.

Para auxiliar no trabalho dos brigadistas, a Defesa Civil vai investir R$ 10 milhões em equipamentos. Entre eles, 550 abafadores, 500 rastelos, 300 enxadas e 150 sopradores, que serão distribuídos nos municípios paranaenses.

A situação de seca deve persistir durante todo o mês de setembro, com um breve intervalo a partir do dia 13, segundo o Simepar. Depois da pausa, o tempo seco retorna, com previsão de que cidades da região noroeste passem dos 40ºC a partir do dia 21 de setembro.

Reportagem: Mirian Villa e Lorena Pelanda