Agentes de combate a endemias entram em greve
Os agentes de combate a endemias fizeram uma manifestação na Boca Maldita na manhã de hoje (30). O ato deu início à greve da categoria, que pede por melhorias nos salários, a criação de um plano de carreira e a implementação do quinquênio no valor de 5% do salário-base. Os profissionais alegam que não tiveram avanços nas negociações com a prefeitura e por isso optaram por paralisar as atividades.
De acordo com a coordenadora geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), Christiane Izabella Schunig, os servidores devem tentar promover uma nova reunião com representantes da prefeitura para resolver o impasse.
Os agentes de combate a endemias são responsáveis por atividades relacionadas ao controle de animais que convivem com a população, como mosquitos e ratos. São eles quem visitam as casas para fazer o LIRAa (Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes Aegypti), por exemplo. As ações são fortalecidas nessa época do ano.
Segundo a agente Marina Bogoni, que trabalha na área há um ano, a maior reinvindicação é o pagamento de gratificação por risco de saúde.
Segundo o sindicato, atualmente cerca de 70 profissionais atuam no combate de endemias na capital paranaense. Eles são contratados no regime CLT. Além do adicional pela insalubridade, a categoria pede um aumento salarial de R$ 1.349 para R$ 2.018,69, mudança na exigência de escolaridade para nível médio e implementação do quinquênio no valor de 5% no salário-base.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura, que por meio de nota respondeu que a Secretaria de Administração e de gestão pessoal e a secretaria da saúde receberam representantes do Sismuc para tratar da pauta dos agentes de combate a endemias. Segundo a prefeitura, na reunião, foi explicado que não é possível dar um aumento diferenciado aos empregados públicos e que a revisão anual da remuneração dos servidores e empregados públicos será realizada em outubro. Ainda segundo a prefeitura, desde 2018, a data-base foi fixada em 31 de outubro, conforme a legislação.
Reportagem: Ana Flavia Silva